quarta-feira, 19 de janeiro de 2011

Além da vida.

E mais uma vez ela acordou de uma noite turbulenta. Alma suja, mente pertubada, olhos inchados. Era assim que ela se levantava, dia após dia, depois dele tê-la deixado. Sentada na cama, às 05:00 da manhã, sem sono, sem sal, sem vida. Escutando Almost Lover no Ipod, a foto dele aberta no computador e a vontade de abrir a janela e dizer adeus. ''Como é tão difícil?'' questionava-se. Ele era só mais um, ela sabia, assim como todos outros que um belo dia abriram a porta e partiram. Cada um deles levava um pouco dela. ''O quanto um coração despedaçado pode bater?'' ela pensava. Triste, zumbi, atordoada, machucada. Seu reflexo no espelho mostrava uma mulher a beira da loucura. Sentou-se ao lado da banheira, rasgou todas as fotos, deletou as músicas tristes, excluiu sua vida social virtual e despediu-se. Remédios. Muitos deles. E ao lado dela um bilhete que dizia: ''Agora posso ser estudada. Aqui estais uma mulher que morreu de amor.''

5 comentários:

  1. Ahhh!!morrer de amor é tão bom...belo texto...bjus doces!!

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  2. nossa que lindo, principalmente ''Agora posso ser estudada. Aqui estais uma mulher que morreu de amor.''

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  3. Já te sigo a um bom tempo, e lembro de ter feito comentário e procurei e não o encontrei ... estranho, muito estranho!
    Estou sempre de olho em tudo.........
    Obrigada pela visita!

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  4. a gente quase morre de amor sempre...

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  5. Que texto intenso... Muito bom! Mais do quê um amor, uma obsessão!

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